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Sequestro

Mulher sofre um aborto e tenta levar recém-nascido de hospital

Para os policiais, ela afirmou que venderia a criança à uma vizinha

Publicado em 13/07/2021 às 21:16

(Foto: Tony Mattoso/RPC)

Talita Meireles, de 23 anos, foi detida (12) no momento em que saía do hospital com a criança no colo, no Hospital do Trabalhador em Curitiba. De acordo com a instituição, ela foi barrada por não ter uma pulseira de identificação. Ela foi presa com algumas roupas de bebê na bolsa.

A mulher estava andando pelo corredor com o bebê em seus braços no momento em que uma segurança começou a segui-la.


Câmeras de segurança registram momento em que suspeita tenta levar recém-nascido de maternidade de Curitiba — Foto: Câmeras de segurança/Hospital do Trabalhador

Em depoimento à Polícia Civil ela contou que engravidou em janeiro, mas sofreu um aborto em 27 de junho e que iria pegar a criança para dizer que era dela. Talita afirmou que não chegou a contar para nenhum familiar ou amigo sobre a perda da criança. 

Marido não sabia do aborto

O marido dela também foi ouvido pela polícia e confirmou que não sabia que a esposa tinha sofrido um abordo.

"Estava todo mundo esperando por essa criança que eu perdi, e eu não quis contar pra ninguém", disse Talita.

Segundo a Polícia Militar, no entanto, ela chegou a afirmar anteriormente, no momento em que estava sendo presa, que venderia a criança à uma vizinha.

Ao ser questionada sobre a primeira informação prestada aos policiais, a mulher alegou que contou a história porque estava nervosa.

Investigação e entrada no hospital

A polícia investiga como a mulher entrou no hospital sem ser identificada. Ela disse à polícia que ninguém do hospital pediu para que ela se cadastrasse na entrada da maternidade.

De acordo com os depoimentos, o caso aconteceu próximo ao horário da troca de turnos das equipes de enfermagem e segurança.

Talita disse que pegou um uniforme da enfermagem em um vestiário dentro do hospital.

Uma técnica de enfermagem afirmou à polícia que a suspeita foi até o quarto onde a criança estava e disse à mãe do bebê que o levaria para fazer exames.

"Eu fui olhar as crianças. Eu comecei a olhar e ai eu queria pegar um nenê no colo. Quando eu vi, tudo aconteceu. Mas eu não queria fazer nenhuma maldade. Eu não queria causar nada", disse Talita.

Ainda segundo os depoimentos, na portaria, ao tentar sair do hospital, a suspeita não vestia mais o uniforme de enfermagem. Ao ser barrada, ela disse que tinha ido até o local porque a criança tinha se engasgado, mas que o caso já estava resolvido.

Talita e a criança foram levados a uma sala da assistência social do hospital. No local, a mãe verdadeira do bebê reconheceu o filho e a polícia foi chamada.


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