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DENGUE

Jacarezinho pode voltar a ter alta infestação do mosquito da dengue

Forrest Brasil Tecnologia luta junto às autoridades para manter e expandir o projeto de Controle Natural de Vetores

Publicado em 04/11/2019 às 05:14

Jacarezinho pode voltar a ter alta infestação do mosquito da dengue (Foto: Forrest Brasil Tecnologia luta junto às autoridades para manter e expandir o projeto de Controle Natural de Vetores)

O Paraná soma 819 casos de dengue neste ano, de acordo com os últimos resultados apresentados pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

A cidade de Jacarezinho, no Norte Pioneiro, já esteve entre as cidades com epidemia da doença e viu este cenário mudar, na área de atuação do Controle Natural de Vetores, realizado pela Forrest Brasil Tecnologia, em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a prefeitura.

A cidade registrou reduções superiores a 90% no número de mosquitos Aedes aegypti, na área contemplada pelo projeto. Agora a população de Jacarezinho corre o risco de ficar novamente exposta à epidemia, com a falta de definição das autoridades sobre a manutenção e a necessária expansão do projeto.

O projeto piloto da Forrest atuou nos bairros Aeroporto, Novo Aeroporto e Vila Leão. Após a eficácia comprovada da tecnologia inédita, a empresa assinou um contrato com a Prefeitura Municipal de Jacarezinho para expandir o trabalho para a Vila São Pedro – bairro mais afetado pela última epidemia de dengue no município.

“O contrato da Forrest com a prefeitura termina no dia 31 de janeiro de 2020. Estamos buscando, junto às autoridades locais, a continuidade desse trabalho e a expansão dele para outras regiões da cidade”, revela a diretora da empresa, Elaine Paldi. 

A Forrest Brasil atua em Jacarezinho desde 2017. “Neste período, realizamos grandes investimentos de tempo, energia e recursos financeiros com o objetivo de desenvolver e testar a nossa solução para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Conseguimos evitar uma epidemia de dengue, que se iniciou em março deste ano, nas áreas contempladas pelo projeto. No entanto, sabemos que o ideal seria implementar esse trabalho em toda a cidade. Dependemos disso para evitar a elevação dos índices de infestação do mosquito e a potencial recorrência da dengue. Estamos entrando na alta temporada de infestação do Aedes aegypti e tratar apenas um bairro não será suficiente para combater uma possível epidemia”, alerta.  

Com o Controle Natural de Vetores, a consequência foi a redução dos mosquitos e a queda no registro da doença na área atendida pelo projeto: em 2019, até abril, quando o projeto foi encerrado, a região do Aeroporto registrou apenas oito casos de dengue. O número representa menos de 3% do total de registros na cidade no mesmo período. Esta mesma área, em epidemias anteriores apresentou um elevado número de doentes. Foram 340 casos de dengue em 2015 e 52 em 2011, representando respectivamente 10% e 30% do total de casos da doença registrados na cidade nesses anos.  

“Sabemos que a maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti está nas residências, por isso nosso trabalho alia tecnologia à educação. Os dados comprovam que esse trabalho contribuiu para a redução significativa dos índices de infestação do Aedes aegypti, e mais importante, pela primeira vez um método foi comprovadamente eficaz na prevenção da dengue. Estamos levando esses resultados para autoridades de outras cidades que enfrentam o mesmo problema e buscam soluções sustentáveis para combater a dengue e outras doenças relacionadas a esse mosquito”, conta Elaine.  

A Forrest Brasil está preparada para expandir as operações imediatamente e cobrir toda a cidade de Jacarezinho. “A população necessita de segurança nessa questão e por isso cobramos do município compromissos claros e formais, para que possamos continuar trabalhando”. 

  A técnica pioneira desenvolvida pela Forrest Brasil é natural e consiste em esterilizar mosquitos machos e soltá-los na natureza. “Como a fêmea copula uma única vez durante a vida, se a cópula for com um macho estéril então não haverá descendentes. Já se a cópula acontecer com um macho não estéril, uma fêmea pode gerar até 500 ovos, que vão resultar em novos mosquitos”, explica a cientista Lisiane de Castro Poncio, coordenadora do projeto. Além desse trabalho, a empresa atua diretamente com os moradores, visitando residências e orientando sobre a prevenção, além de fazer um intenso trabalho de conscientização nas escolas. 


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