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esclarecimento

Qual a intenção por trás da demissão da presidência do asilo de Jacarezinho?

Questionamento é feito nas redes sociais e nas ruas da cidade após presidente eleito oficialmente ser “retirado” pelo conselho metropolitano da SSVP.

Publicado em 12/08/2021 às 15:00
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Reprodução (Foto: Asilo São Vicente)

Nas ruas da cidade de Jacarezinho e nas redes sociais a população se questiona qual a real intenção por parte do conselho metropolitano da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) com sede em Cambé para a destituição do presidente eleito para assumir à frente do Asilo em Jacarezinho.

A destituição foi feita logo após as eleições que ocorreram de forma oficial, inclusive com homologação pelo próprio conselho metropolitano. A alegação seria que a presidência que venceu as eleições se negou a doar o terreno do Asilo de Jacarezinho para o conselho central de Jacarezinho, que está situado em Cornélio Procópio, e assim descumpriu uma das regras da SSVP.

Houve uma consulta ao Ministério Público que orientou a não atender a demanda. Além da transferência do terreno, há ainda outro fator que pode ter relação. O conselho metropolitano teria solicitado (com ofício) o empréstimo de R$ 300 mil, o que foi negado pelo presidente eleito.

Após a destituição da presidência eleita, o conselho metropolitano nomeou interventores de Cambará para assumir o Asilo de Jacarezinho. Mas porque de Cambará e não da sociedade jacarezinhense? Esta é outra questão a ser respondida. Outro ponto que chama atenção é o fato do conselho central, que era para ter sede em Jacarezinho, ter sua sede na cidade de Cornélio Procópio.

A diretoria destituída desenvolvia um excelente trabalho no asilo, inclusive cumpria todos os protocolos de medidas de segurança durante a pandemia, reduziu o índice de mortalidade e zerou o índice de internamento e não foram registrados casos de Covid-19 entre os idosos.

O município de Jacarezinho ainda entrou com pedido na justiça para suspender a intervenção praticada pelo conselho metropolitano de Cambé contra a diretoria eleita oficialmente no asilo de Jacarezinho. A decisão deve acontecer nos próximos dias.

Ação Civil Pública

O Ministério Público do Paraná ainda entrou com Ação Civil Pública em Curitiba, onde a decisão por parte da juíza substituta Rafaela Mattioli Somma foi de suspender os efeitos da Resolução 02/2018, exatamente a qual o conselho metropolitano de Cambé se baseou para a destituição da presidência do asilo de Jacarezinho.

“Diante do exposto, defiro o pleito liminar para determinar aos réus que suspendam as determinações constantes da Resolução Diretoria CNB nº 2/2018, de 04/08/2018, se abstendo de promover a transferência de propriedade dos bens imóveis das Instituições de Longa Permanência para Idosos para os Conselhos Centrais ou Metropolitanos a que estiverem vinculadas, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais) por descumprimento. Deixo de determinar o bloqueio das transferências efetuadas ou em andamento, tendo em vista que não é possível “bloquear” a transferência de um imóvel já realizada e que o bloqueio de transferências em andamento encontra-se abarcado pelas determinações acima contidas. Da mesma forma, a proibição de que as rés promovam intervenção nas Instituições de Longa Permanência para Idosos, ao menos para os fins pelos quais proposta esta ação civil pública é decorrência lógica da liminar acima deferida”, diz a ACP.

Outro fato no mínimo parecido aconteceu com o asilo em Pato Branco, onde após embate o conselho metropolitano de Maringá devolveu o Lar dos Idosos à Ordem Franciscana, responsável pelo local na cidade. Em junho a Ordem Franciscana divulgou uma nota a respeito da devolução do terreno e infraestrutura do Lar dos Idosos.

"A Paróquia São Pedro Apóstolo Pato Branco/Mitra Diocesana de Palmas, Francisco Beltrão, coordenada pela Ordem Franciscana, vem a público agradecer o Conselho Metropolitano de Maringá e os Vicentinos pela histórica atuação de apoio a causas comunitárias e auxílio diferenciado aos idosos. Também pela percepção das expectativas comunitárias e pelo nobre ato de devolver o terreno e a infraestrutura do Lar dos Idosos São Vicente de Paulo, de Pato Branco e a ter ainda a iniciativa de transferir, definitivamente, a gestão diretiva para os Franciscanos, algo previsto, dependendo do Conselho Metropolitano, para ocorrer a partir do dia 1 de julho de 2021.

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