De acordo com o No (Notícias Ourinhos), a população de Ourinhos teme por possíveis epidemias de dengue, chikungunya ou zika vírus. Apenas no primeiro mês deste ano, a cidade já registrou 15 casos de dengue confirmados e 99 suspeitos. Em 2019, foram 324 casos da doença. O município tem diversas áreas com mato alto, que são potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Bauru também já tem oito casos de dengue confirmados e outros 43 suspeitos. De acordo com a prefeitura, no ano passado foram mais de 26 mil casos e 39 mortes. As cidades de Botucatu, Pirajuí e Lins registram em 2020 dois casos de dengue cada. Em Assis, seis pessoas foram diagnosticadas.
Diferente das cidades vizinhas, Jacarezinho adotou uma solução inovadora proposta pela Forrest Brasil Tecnologia. A empresa de biotecnologia utiliza o próprio Aedes aegypti para combater a proliferação desse mosquito que é transmissor de dengue, chikungunyae zika vírus.
A técnica trabalha com machos estéreis, produzidos a partir de ovos coletados na região afetada, que posteriormente são soltos na natureza. Como a fêmea copula uma única vez durante a vida, se a cópula for com um macho estéril então não haverá descendentes. Já se a cópula acontecer com um macho não estéril, uma fêmea pode gerar até 500 ovos, que vão resultar em novos mosquitos.
O mosquito macho se alimenta apenas de seiva de plantas e, portanto, não pica e não oferece nenhum risco para a população. São as fêmeas que transmitem as doenças, pois precisam do sangue para completar o processo de maturação dos ovos e fazer a postura.
A tecnologia da Forrest Brasil foi usada pela primeira vez em 2018 em três bairros de Jacarezinho e o Projeto Piloto registrou mais de 90% de redução na população de Aedes aegypti nas áreas tratadas. Agora o projeto está em fase de expansão para outros bairros e pode ser adotado por outros municípios.
