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EQUOTERAPIA

Equoterapia ofertada pela PM já beneficiou 5 mil pessoas

A terapia é indicada para pacientes com deficiência e diversas síndromes, que possam ter contato com equinos. O tratamento tem duração de dois anos.

Publicado em 12/11/2019 às 07:00
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Equoterapia ofertada pela PM já beneficiou 5 mil pessoas (Foto: Agência de Notícias do Paraná)

Cerca de 600 pessoas, entre portadores de síndromes, deficiência ou dependentes químicos, são atendidos pelo Regimento da Polícia Montada (RPMon) Coronel Dulcídio, no bairro Tarumã, em Curitiba, para a prática da equoterapia. A atividade colabora na coordenação motora e na ressocialização dos praticantes, que ganham uma maior qualidade de vida.

O atendimento é ofertado gratuitamente desde 1991 e já beneficiou cerca de 5 mil pessoas. A terapia é indicada para pacientes com deficiência e diversas síndromes, que possam ter contato com equinos. O tratamento tem duração de dois anos. 

Além da comunidade em geral, a equoterapia é oferecida para policias militares e bombeiros da ativa e da reserva que estejam afastados do serviço por problemas psicológicos. Segundo o major Marcio Stange Cruz, supervisor da equoterapia e subcomandante do regimento, 350 pessoas aguardam por uma vaga. A espera pode durar dois anos. 

CRIANÇAS - As maiores beneficiadas com a equoterapia são crianças, mas a cavalaria da Polícia Militar presta atendimento também para adultos. Ex-dependentes químicos são atendidos pela corporação e fazem terapia para se reinserir na sociedade. 

Em abril desse ano, o serviço foi estendido por meio de uma nova sede do serviço de equoterapia, no Haras Palmital, em Pinhais, possibilitando prestar atendimento para mais 80 pacientes por mês. A equoterapia apresenta benefícios em casos de autismo, paralisia cerebral, síndrome de down, esclerose múltipla, hiperatividade, traumas, estresse e depressão. 

Os interessados em participar devem ir até lá para conhecer e ver como funciona o atendimento ofertado. O regimento exige indicação médica, psicológica, fisioterápica ou pedagógica. 

PREPARO - O policial com perfil para trabalhar com equoterapia precisa fazer um curso básico de capacitação para se tornar um integrante do Regime de Cavalaria Montada. Também é preciso fazer um curso de especialização em equitação e cursos de extensão para prestar o melhor atendimento aos pacientes.

Os cursos de extensão são musicoterapia, brinquedoterapia, curso avançado de equoterapia. A equipe é formada por fisioterapeutas, médicos veterinários, educadores físicos e técnicos em equoterapia. 

CAVALOS - Os cavalos da equoterapia passam por um teste básico e devem possuir um perfil pré estabelecido, serem machos, castrados e uma altura mínima. A idade para o início do treinamento dos equinos é 15 anos. O Regimento da Cavalaria Montada possui 10 cavalos para a realização das terapias. 

O soldado Danilo Franzo trabalha no regimento há 6 anos como equoterapeuta. Ele explica que o tratamento inicia-se através de uma aproximação entre o cavalo e o paciente. “A terapia é iniciada se a criança não tiver medo do animal. São realizadas atividades físicas e exercícios com os cavalos e que vão melhorar a patologia apresentada pelo paciente”. 

Por regra, os cavalos são fleumáticos, com temperamento calmo e tranquilo. Os equinos não podem ter medo de crianças e precisam de uma andadura adequada para realização da terapia. Os cavalos não podem mais trabalhar na parte de policiamento ostensivo e na instrução de novos cavaleiros.

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