O motorista suspeito de atropelar e matar um menino de dois anos foi solto, em Quatiguá, no no Norte Pioneiro do Paraná, na noite de quinta-feira (25), de acordo com a Polícia Civil.
A Justiça autorizou o habeas corpus por entender que o atropelamento foi uma fatalidade e por não haver provas de que o motorista agiu de forma irresponsável ao atropelar a criança. Ele havia sido preso na terça-feira (22).
Testemunhas disseram à polícia que a criança estavam em frente de casa quando foi atropelada. O menino chegou a ser levado por familiares até o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O motorista disse à polícia que não viu a criança, que achou ter atropelado um cachorro e, por isso, não prestou socorro.
A Polícia Civil o indiciou pela morte da criança, por não ter prestado socorro e por dirigir sem ter carteira de motorista.
O Ministério Público (MP-PR) pediu que o motorista continuasse na cadeia por entender que não foi um mero acidente, mas sim um assassinato ao volante. Entretanto, o juiz de plantão apontou que a tragédia foi uma fatalidade.
Até ser julgado, o motorista fica proibido de frequentar bares e casas noturnas, também deverá ficar em casa das 22h às 5h e fica proibido de dirigir até que tire a carteira de habilitação.
O caso
Conforme o boletim de ocorrência, a mãe da criança abriu o portão da casa e o menino saiu correndo.
Após o acidente, o motorista foi embora para a casa de parentes, onde acabou preso. Ele fez teste de embriagues que não apontou consumo de bebida alcoólica.
O boletim de ocorrência apontou que o motorista estava junto com o carro que foi apreendido e que a placa dele estava coberta por um pano escondendo a identificação.
No depoimento à polícia, o motorista negou ter colocado o pano e disse não saber quem encobriu a placa.
Conforme a decisão, não há indicativos de que o motorista seja pessoa perigosa ou que irá se envolver com novos crimes, por isso, a soltura foi autorizada.