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Homenagem

Cidade cria feriado em homenagem às vitimas de acidente que matou 42 pessoas

Acidente aconteceu em 25 de novembro, em Taguaí, região de Avaré; 39 pessoas que morreram na batida eram moradoras de Itaí (SP)

Publicado em 23/12/2020 às 03:48
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Ônibus destruído após acidente em Taguaí, SP (Foto: AP Photo/Juliano Oliveira)

Acidente foi registrado em 25 de novembro, em Taguaí, região de Avaré, interior de São Paulo; 39 pessoas que morreram na batida eram moradoras de Itaí. Projeto para instituir o feriado foi aprovado na Câmara e sancionado pelo prefeito.

O dia mais triste da história de Itaí, interior paulista, foi transformado em feriado municipal pela prefeitura. Segundo o Executivo, o objetivo é manter na memória dos moradores, em todo 25 de novembro, as 42 pessoas que morreram em um acidente entre ônibus e caminhão, em Taguaí (SP). Entre os mortos, 39 moravam em Itaí.

A colisão ocorreu no quilômetro 172 da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho. Segundo a polícia, este foi o maior acidente do ano nas rodovias do estado de São Paulo e o maior em número de mortes em 22 anos. 

O projeto de lei da Prefeitura, aprovado pela Câmara dos Vereadores, foi publicado nesta quarta-feira (23) no Diário Oficial do município.

"Sem dúvida, esse foi o dia mais triste da história de Itaí. A criação do feriado é uma maneira de manter viva em nossa memória esses trabalhadores itaienses e, de forma pública e oficialmente, manifestar solidariedade às famílias enlutadas", diz o prefeito Thiago Michelin (Republicanos), de Itaí.

O projeto de lei para instituir o feriado foi enviado à Câmara pelo prefeito Thiago Michelin. O texto foi aprovado por unanimidade pelos nove vereadores da cidade.

"Os moradores da cidade, ainda hoje, comentam sobre o acidente. Foi muito marcante para todos", diz Thiago. 

Segundo o prefeito de Itaí, a ideia do governo também era de criar um monumento na cidade em homenagem às vítimas. "Não iria dar tempo de eu terminar, pois é preciso fazer uma licitação. Não tocamos adiante isso por não ter tempo para continuar a construção dele". O projeto foi arquivado, pois Michelin foi derrotado na eleição municipal de 15 de novembro. 

"A prefeitura desde o início assumiu a sua responsabilidade. Demos toda assistência às famílias com funeral, sepultamento, além de acompanhamento social e ajuda psicológica", diz. 

Investigação 

A Polícia Civil ouviu no dia 3 de dezembro os donos das empresas onde trabalhavam as vítimas do acidente. O grupo saía diariamente de Itaí, onde morava, para trabalhar na empresa Stattus Jeans Indústria e Comércio, em Taguaí.

Segundo a polícia, esta investigação é paralela à que apura como foi o acidente e verifica sobre a possível responsabilidade das fábricas de Taguaí no transporte dos funcionários. 

Camila Rosa Alves, delegada titular da Polícia Civil de Taquarituba (SP), é responsável pela investigação e diz que, além da Stattus Jeans Indústria e Comércio Ltda, outras empresas que funcionam no mesmo barracão também tinham funcionários entre as vítimas da tragédia. 

Ainda conforme a polícia, os empresários ouvidos negaram a relação jurídica entre as fábricas e a empresa Star Fretamento e Locação Eireli - EPP, a dona do ônibus envolvido no acidente e que não tinha autorização para operar, segundo informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). 

Mais empresários devem ser ouvidos pela polícia nos próximos dias.

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