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Cadeia de Santo Antônio vira unidade regional feminina

Carceragem passou por reforma e vai educar e ressocializar detentas

Publicado em 31/03/2020 às 23:27

Cadeia de Santo Antônio vira unidade regional feminina (Foto: Divulgação)

Palco de várias rebeliões com fugas de presos em massa, mortes e muita reclamação de moradores e autoridades por conta do risco iminente que oferece à população, a cadeia pública de Santo Antônio da Platina está passando por uma grande transformação. Desde a última segunda-feira (30) a unidade prisional passou a receber somente mulheres, que encontraram uma estrutura toda reformada pelo Departamento Penitenciário (Depen) e terão a oportunidade de estudar e trabalhar enquanto cumprem suas respectivas penas.

Os últimos 26 presos que ainda ocupavam as celas de uma das galerias da cadeia foram transferidos na manhã de segunda-feira (30) para a carceragem de Cornélio Procópio. O mesmo comboio do Depen que buscou os detentos em Santo Antônio da Platina trouxe as presas das unidades de Ibaiti, Jacarezinho, Andirá, Cambará e Cornélio Procópio, que integram as cadeias de gestão plena (desvinculadas das Delegacias de Polícia Civil) da Regional de Londrina.

A cadeia platinense foi parcialmente reformada com recurso financeiro disponibilizado pelo Conselho da Comunidade, com participação do Poder Judiciário e do Ministério Público Estadual (MPPR). O dinheiro foi aplicado na reforma das celas, materiais de limpeza e higiene.

O mesmo espaço que antigamente dispunha de apenas quatro camas com um pequeno lavabo e chegou a receber mais de 15 presos confinados, agora tem capacidade para receber sete detentas devidamente acomodadas, com dignidade para o cumprimento das penas.  

“Só é possível ressocializar alguém se houver mecanismos que ofereçam dignidade, educação e trabalho. Lidamos com pessoas que praticaram algum tipo de crime, cuja grande maioria volta a delinquir quando deixa a prisão. Se elas tiverem um local apropriado para cumprir suas penas com o mínimo de condições humanas, educação e oportunidade de trabalho, certamente muitas delas serão reinseridas na sociedade e poderão ajudar outras pessoas”, pondera Tide Camilo, gestor das cadeias públicas de Santo Antônio da Platina e Ibaiti. 

O gestor regional do Depen informou que pretende concluir em breve a reforma total da cadeia platinense com a ajuda do Conselho da Comunidade e por meio de doações de moradores e empresários. Além da manutenção das celas, também serão construídas duas salas de aula e uma área exclusiva para a distribuição de trabalhos às detentas. Na próxima sexta-feira (3), as presas já começam a trabalhar confeccionando máscaras que serão utilizadas por profissionais da saúde e de segurança nas ações de combate ao coronavírus.

Atualmente a cadeia pública de Santo Antônio da Platina matem 67 detentas custodiadas. A unidade tem capacidade para 80 presas.

Cela de triagem

Ainda de acordo com o gestor regional do Depen, a cadeia platinense vai manter uma cela de triagem para que presos do município aguardem por audiência de custódia antes de serem transferidos para carceragens da região.

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