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Operação Piloto

Beto Richa e outras seis pessoas viram réus em processo da Operação Piloto

Ex-governador do Paraná vai responder por fraude a licitação, corrupção e lavagem de dinheiro

Publicado em 02/07/2019 às 06:22

Ex-governador do Paraná vai responder por fraude a licitação, corrupção e lavagem de dinheiro (Foto: Reprodução / Divulgação)

O juiz federal Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, aceitou nesta segunda-feira (1º) a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réus o ex-governador do Paraná Beto Richa e outras seis pessoas, entre elas, o irmão de Richa, o ex-secretário de infra-estrutura do estado Pepe Richa.

A denúncia é referente à irregularidades apontadas pela Operação Piloto, que investiga irregularidades em uma licitação para parceria público privada e obras de exploração e duplicação da PR-323, que liga Maringá, no norte do estado, a Francisco Alves, no noroeste. 

Os procuradores da Lava Jato afirmam que Beto Richa recebeu propina da Tucuman, uma das empresas que formaram o consórcio liderado pela Odebrecht, vencedor da licitação de mais de R$ 3 milhões, por meio da entrega de cotas de um imóvel comercial em Curitiba. 

Richa vai responder pelos crimes de fraude a licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. Esta é a sétima vez que o ex-governador se torna réu, em processos da Justiça Estadual e Federal. 

Também se tornaram réus o contador da família Richa, Dirceu Pupo Ferreira, o ex-secretário de Infraestrutura e Logística Ezequias Moreira Rodrigues, os executivos da Tucumann Engenharia Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller, e o ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores Luiz Abi Antoun. 

Veja, abaixo, quem são os réus e por quais crimes respondem no processo: 

  • Beto Richa – fraude a licitação, corrupção passiva e lavagem de dinheiro; 
  • Pepe Richa – fraude à licitação, lavagem de dinheiro e corrupção passiva;
  • Dirceu Pupo – lavagem de dinheiro;
  • Ezequias Moreira Rodrigues – fraude a licitação, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
  • Rafael Gluck – fraude à licitação;
  • José Maria Ribas Mueller – fraude à licitação;
  • Luiz Abi Antoun – corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O advogado Marlus Arns de Oliveira, que atua na defesa de Ezequias Moreira, informou que se manifestará nos autos do processo.

A defesa de Luiz Abi afirmou que vai comprovar a inocência dele na Justiça. 

Operação Piloto 

De acordo com o MPF, o nome da operação, que é a 53ª etapa da Lava Jato, faz referência ao codinome usado nas planilhas da construtora Odebrecht para se referir ao ex-governador Beto Richa.

Segundo a investigação, pagamentos milionários foram feitos em favor de agentes públicos e privados no Paraná, em troca de um possível direcionamento do processo licitatório das obras na PR-323. 

Conforme a denúncia, em troca de pagamentos de propina, a Odebrecht seria favorecida na licitação das obras na rodovia. A duplicação do trecho nunca saiu do papel.

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