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carne bovina

Depois de alta no final do ano, preço da carne ao consumidor começa a baixar

Apesar de ainda estar mais cara, consumidores jacarezinhenses comemoram as ofertas de carne bovina nos supermercados da cidade.

Publicado em 12/01/2020 às 07:17
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Depois de alta no final do ano, preço da carne ao consumidor começa a baixar (Foto: Portal da Cidade Jacarezinho)

Depois de uma disparada de preços que levou os consumidores a rever hábitos de consumo e a reduzir o volume de compras, o preço da carne começou a ceder — com queda de até 50% em alguns cortes. Com isso, os supermercados já iniciaram promoções e remarcação de preços.

A queda nos preços é explicada por um volume maior de carne no mercado interno. O preço da arroba do boi baixou de R$ 230 para R$ 200 em um mês.

Segundo Thiago Bernardino, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), a redução do consumo explica em parte o comportamento dos preços.  “Somado a isso, a indústria quis diminuir os estoques para não ter custo tão alto com a câmara fria” conclui. 

O presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio, Humberto Margon Vaz, acrescenta que houve aumento na quantidade de bois de pasto, que têm custo de criação menor do que os de confinamento. Além disso, as exportações para a China já tiveram uma retração. “Os preços se estabilizaram e vão continuar nessa faixa no início do próximo ano” apostou Vaz. 

Em dezembro, o preço da carne registrou seu maior avanço em quase duas décadas, segundo um monitoramento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta geral foi de 17,7%, segundo dados do IPCA-15, considerado a prévia da inflação.

O aumento, observado pelo consumidor desde outubro do ano passado, foi decorrente de uma combinação de fatores. O principal é o aumento das exportações brasileiras para China, cujos rebanhos de porcos foram reduzidos à metade pela febre suína.

Como os chineses pagam mais, e o dólar em alta aumenta os ganhos, os produtores e os frigoríferos brasileiros preferiram aumentar as exportações para o país asiático, o que reduziu a oferta interna e elevou os preços.

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