Nos últimos oito meses, biólogos e técnicos da Forrest realizaram a soltura sistemática de mosquitos Aedes aegyptiestéreis em algumas regiões da cidade. Os três bairros mais afetados foram determinados como áreas tratadas para receber esses mosquitos: Aeroporto, Novo Aeroporto e Vila Leão.
Outras regiões passaram a ser monitoradas semanalmente como áreas controle. “Além dessas solturas, temos uma equipe na região trabalhando com pesquisa, visitando as residências das áreas mais atingidas e buscando conscientizar a população sobre a proliferação do mosquito”, revela a coordenadora da Forrest Brasil, Lisiane de Castro Poncio.
O último Levantamento Rápido de Índices de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) divulgado no dia 10 de abril de 2019, revelou índice zero de infestação do mosquito nos Bairros Novo Aeroporto e Aeroporto.
Esses locais estavam entre os bairros com maior incidência e chegaram a registrar 15% em fevereiro do ano passado. “Esse resultado é uma grande conquista e reflete o intenso trabalho da Forrest Innovations em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o poder público e a comunidade”, comemora a diretora da Forrest Brasil Tecnologia, Elaine Paldi.
Trabalho de conscientização da população dos bairros - Foto: Forrest Brasil
Enquanto Jacarezinho reduz os índices de infestação do mosquito em 90% nas áreas tradadas com os mosquitos estéreis, a situação em todo o país é alarmante e, segundo o Ministério da Saúde, os números nacionais cresceram mais de 200%. A cidade se tornou um caso de sucesso e a Forrest Innovations, que desenvolveu o Projeto Piloto ‘Controle Natural de Vetores’, apresenta esses resultados para cidades do mundo todo.
“Os dados comprovam que a tecnologia, aliada ao trabalho de educação e conscientização da população, contribuiu para a redução desses índices. Agora encerramos uma etapa no município, mas continuaremos atuando no monitoramento do mosquito”, conta a diretora Elaine Cristina dos Santos.
A conquista foi possível por meio de uma tecnologia inédita aliada ao apoio e conscientização da população. Há pouco mais de um ano, a multinacional Forrest Innovations, que no país atua como Forrest Brasil Tecnologia, em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), instalou seu laboratório móvel na cidade e iniciou o monitoramento populacional do Aedes aegypti. Jacarezinho é a primeira cidade do mundo a receber esse projeto.
Foto: Forrest Brasil
Desenvolvemos uma técnica natural, que não envolve modificação genética. Os mosquitos machos estéreis são produzidos a partir de ovos coletados na região afetada. O processo de esterilização acontece em duas fases de tratamento, no início do estágio larval e na pupa, de modo que, ao atingir o estágio de mosquito adulto, os machos serão estéreis.
"A criação massiva de machos estéreis para serem soltos na natureza resulta na redução de novos descendentes, diminuindo assim a proliferação desses mosquitos. "O mosquito macho se alimenta apenas de seiva de plantas e, portanto, não pica e não oferece nenhum risco para a população. São as fêmeas que transmitem as doenças, pois precisam do sangue para completar o processo de maturação dos ovos e fazer a postura”, explica a coordenadora do projeto", Lisiane de Castro Poncio.
Casos de dengue no Brasil aumentam 264%
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registra um aumento de 264,1% dos casos de dengue, que passaram de 62,9 mil nas primeiras 11 semanas de 2018 para 229.064 no mesmo período deste ano (até 16 de março). A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 109,9 casos/100 mil habitantes até 16 de março deste ano. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 67%.
PR tem aumento de 1.424%
Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de casos de dengue no estado do Paraná teve aumento de 1.424% em comparação com o mesmo período do ano passado. Até o dia 16 de março deste ano, o estado notificou 6.084 casos da doença, no mesmo período de 2018, foram 399 casos. A incidência no estado é de 53,6 casos/100 mil habitantes. O Paraná registrou dois óbitos em decorrência da doença neste ano.
Sobre a Forrest Innovations
A Forrest Innovations é uma empresa multinacional de biotecnologia avançada, com foco no desenvolvimento de soluções para combater os mosquitos vetores de patógenos causadores de doenças de grande impacto para a saúde pública, tais como dengue, febre amarela urbana, chikungunya e zika.
A empresa utiliza a “Técnica do Inseto Estéril”, cujo princípio é realizar solturas massivas de versões estéreis de mosquitos machos, que irão promover, gradativamente, a redução da população de mosquitos locais.
O grande diferencial da Forrest é a utilização de uma plataforma ecológica baseada em três pilares:
(1) o mosquito Aedes aegypti macho estéril não é, e nem envolve o uso de organismos geneticamente modificados;
(2) os mosquitos machos estéreis são produzidos a partir da cepa selvagem de Aedes aegypti coletada na própria região a ser tratada, ou seja, não é introduzida uma cepa nova de mosquitos na cidade;
(3) o uso de laboratórios móveis, que garantem flexibilidade, rapidez, eficiência e logística necessárias para a produção em massa de mosquitos a serem liberados.
A Forrest mantém sítios operacionais estabelecidos em três países: Israel, EUA e Brasil. A filial brasileira (Forrest Brasil Tecnologia Ltda.) conta com infraestrutura de laboratórios e escritórios localizados estrategicamente na proximidade de áreas com altos índices de infestações do mosquito Aedes aegypti.